Bruno Ferreira

Bruno /

“Talking about my homosexuality, for me, is talking about love. That’s because it was through love that I started to recognize my differences from other people around me.

I was fourteen when I met him, sixteen when I fell in love and twenty-one when I left him. It was through this cycle that I saw love being born, growing and, then, fading.

But talking about my homosexuality, for me, is also talking about fighting.

That’s because being an openly LGBTI person in my country is a sign of resistance. Resistance to a system that tries to keep you depressed. That tries to criminalize your actions. That tries to treat you like if you were ill. That tries to expel you from school and to keep you marginalized. That kills you every day, every 19 hours.

At sixteen, I directed my love to him. I found myself. But loving other people is not enough to keep you safe and healthy. It was at the dawn of a new love, a deep and true love for myself and for my identity that I could recognize my strength and my responsibility with the members of my community.

Today, my life, my struggle against these violations and my love are not only directed to one. But to each one. Known or unknown, young or old, in the favelas or in the countryside.

There is something that connects us all and only through love and through our fight we can transform our community into a safe space for all of us.”

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“Falar da minha homossexualidade, para mim, é falar de amor. Isso porque foi através do amor que eu comecei a reconhecer minhas diferenças em relação às pessoas ao meu redor.

Eu tinha catorze anos quando o conheci, dezesseis quando me apaixonei e vinte e um quando o deixei. Foi através desse ciclo que eu vi o amor nascer, crescer e, então, se apagar.

Mas falar sobre minha homossexualidade também é falar sobre luta.

Isso porque, ser uma pessoa abertamente LGBTI em meu país é sinal de resistência. Resistência à um sistema que tenta te deprimir. Que tenta criminalizar suas ações. Que tenta te tratar como doente. Que tenta te expulsar das escolas e te manter marginalizado. Que te mata todos os dias, a cada 19 horas.

Aos dezesseis anos, eu direcionei o meu amor para ele. Eu me encontrei. Mas amar aos outros não é suficiente para te manter seguro e saudável. Foi ao alvorecer de um novo amor, um amor profundo e sincero por mim e por minha identidade, que eu pude reconhecer minha força e minha responsabilidade com os membros de minha comunidade.

Hoje, a minha vida, a minha luta contra essas violações e o meu amor não são direcionados à um. Mas a cada um. Conhecido ou desconhecido, jovem ou velho, nas favelas ou no interior. Existe algo que conecta a todos nós e apenas através do amor e através da luta nós poderemos transformar nossa comunidade em um espaço seguro para todos nós.”

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